AMIS – Leitor de livros em formato Daisy

AMIS é um programa livre, da Daisy Consortium, para leitura de livros em formato Daisy. Está disponível para ser descarregado e instalado, a partir da sua página web, no endereço http://www.daisy.org/amis/download.

Para mais informações sobre como utilizar este programa, ver o tutorial em vídeo (clique sobre a imagem).

Um livro em formato Daisy pode ser guardado no computador ou pode ser gravado num CD para ser ouvido.

No primeiro caso, apresenta a extensão .dat e poderá ser lido e ouvido quando aberto com o programa AMIS. No segundo caso (CD), pode ser tocado em qualquer leitor de CDs que leia o formato .mp3 

Neste caso, o facto de poder ser usado um formato comum (.mp3) e não um formato que exija um leitor específico, é uma grande vantagem do DAISY.

Por ser uma norma internacional, o formato Daisy permite o intercâmbio de livros pelo mundo inteiro, com a garantia de compatibilidade.

Quando abrimos um livro DAISY no computador, com recurso ao programa AMIS, para além de poder ser ouvido (áudio), podemos usufruir de muitas outras funções:

• o texto escrito é visualizado ao mesmo tempo que é ouvido (lido), facilitando a leitura, por exemplo, para pessoas com baixa-visão ou dislexia;
• a cor e o tamanho do texto podem ser ajustados em função das necessidades e gosto do utilizador;
• a velocidade de leitura pode ser acelerada ou retardada, sem modificar o timbre do locutor;
• pode pesquisar um conteúdo a partir do índice e saltar diretamente para o capítulo pretendido;
• pode colocar marcadores e anotações ao longo do texto;
• pode procurar um texto livremente e iniciar a leitura a partir desse ponto

Estas funcionalidades podem ser exploradas através do programa livre AMIS . A possibilidade de utilização dos documentos em formato DAISY é sem dúvida alguma, mais uma oportunidade que os alunos com deficiência visual ou, por exemplo, com dislexia têm quer para o acesso ao currículo quer para os seus momentos de leitura de lazer.

PPLWARE – Tudo sobre tecnologia em português

pplware (peopleware) é um projecto cujo objetivo principal é ajudar as pessoas a lidarem com as tecnologias da informação. Pertence à sociedade PPLWARE.COM – Tecnologias de Informação e Serviços Web, Lda.  e o seu responsável é o Director de Informação, Vítor Martins.

O PPLWARE.COM é constituído por vários módulos de ação: o Site, o Fórum, Redes sociais como o Facebook, Twitter, etc. e integra o Canal de Tecnologia do Portal Sapo (PPLWARE.SAPO.PT).

Um dos módulos do site é o pplware kids no qual encontramos muitas novidades sobre as tecnologias dirigidas às crianças (programas, aplicações, sites, etc.). Está em constante atualização, por isso, para todos aqueles que gostam ou necessitam de estar ao corrente das últimas novidades tecnológicas, vale a pena visitar e seguir!

Sugerimos desde já uma leitura atenta do primeiro de um conjunto de artigos subordinado ao tema Apps para ajudar crianças com Dificuldades de Aprendizagem [I]

ColorADD – Código de cores para daltónicos

Sistema de identificação de cores para daltónicos

Tal como se pode ler na página do ColorADD ® (http://www.coloradd.net/index.asp), o objetivo deste projeto criado pelo designer Miguel Neiva, é facilitar a identificação de cores para todos aqueles que manifestem algum tipo de dificuldade a esse nível (p.e. os daltónicos), em diferentes áreas: educação, transportes, saúde, acessibilidade, vestuário, calçado, cosmética, etc.. Deste modo, pretende contribuir determinantemente para a sua integração e bem-estar social, tornando a comunicação mais eficiente, responsável e inclusiva.

O ColorADD é um código baseado num sistema de linguagem monocromática, sustentada pela “Teoria da cor”, ou seja, as cores secundárias ou as cores obtidas através da mistura de duas cores primárias, permite a criação de um código gráfico Universal.

Miguel Neiva teve a oportunidade de apresentar este projeto numa sessão do TEDx:

Considerando que as pessoas acedem 70% mais rapidamente à informação quando é utilizada a cor, é inegável a sua importância para a comunicação. Foi neste contexto que a empresa portuguesa Viarco se associou a este projeto integrando o código ColorADD nos seus produtos.

No caso de alunos que apresentem estas alterações na identificação das cores, poderá ser considerada a possibilidade de utilização deste código como estratégia para a compreensão plena das tarefas solicitadas.

Software patenteado – Comunicar com Símbolos

O software Comunicar com Símbolos é a versão atual do programa Escrita com Símbolos que muitos já conhecem.

Este software permite a escrita de palavras, frases e/ou textos, assim como a criação de grelhas de comunicação com recurso a mais de 10 000 símbolos para a literacia Widgit e mais de 1 500 imagens e fotografias.

Integra ainda a voz da Madalena (português) ou da Raquel (português do Brasil) e a forma de acesso permite diferentes interfaces dependendo das necessidades do utilizador.

Madalena (português) ou da Raquel (português do Brasil). Inclui mais de 10 000 símbolos para a Literacia da Widgit e mais de 1 500 imagens e fotografias. A forma de acesso permite diferentes interfaces dependendo das necessidades do utilizador.

O software Comunicar com Símbolos foi criado por uma equipa de profissionais da empresa Cnotinfor, de Coimbra, no âmbito do trabalho que tem vindo a desenvolver ligado às tecnologias de informação e comunicação para a educação e às necessidades educativas especiais.

Para conhecer um pouco melhor este programa sugerimos os seguintes vídeos, disponíveis no Youtube.

Software patenteado – Boardmaker

O Boardmaker (BM) é um programa com bibliotecas de símbolos com mais de 5 000 Símbolos Pictográficos para a Comunicação (SPC) que são utilizados para criar quadros de comunicação ou grelhas para digitalizadores de fala, construir fichas de trabalho, etc. e que podem ser impressos. A versão mais recente deste programa é a V6 (Boardmaker V6).

O Boardmaker pode ser utilizado em conjunto com o Speaking Dynamically Pro (SDP) permitindo igualmente a criação e edição de quadros, e a construção de atividades dinâmicas. O Speaking Dynamically Pro permite atribuir uma variedade de ações aos botões de qualquer quadro criado de modo a ser utilizado no computador quer no âmbito da comunicação, quer na realização de atividades interativas para o desenvolvimento das mais variadas competências em diferentes contextos (escola, terapia da fala, etc.).

O BM, com ou sem SDP, permite o acesso através de diferentes interfaces tais como: rato, ecrã tátil e manípulo(s).

Existe uma versão de demonstração de 30 dias, que pode ser descarregada a partir do endereço http://www.mayer-johnson.com/download/trials/dials/id/283 e que pode ser utilizada para experimentação na construção das mais variadas atividades.

Estão também disponíveis grelhas já construídas e prontas a ser utilizadas e/ou editadas a partir da página http://www.boardmakershare.com/Activities/Browse.

Algumas das empresas portuguesas que comercializam este programa são a Anditec, a Megaserafim, a AC-CAT, a Comunic4All.

Software livre ou de autor – PictoSelector

O PictoSelector é uma aplicação livre do Windows com mais de 22 000 símbolos, criado para facilitar a seleção e impressão de símbolos.

Foi concebido por Martijin van der Kooij e as bibliotecas de símbolos associadas a esta aplicação encontram-se nos sites Sclera.be, Straight-Street.com e ARASAAC, com possibilidade de tradução para o inglês, francês, espanhol e holandês.

Com esta aplicação podem-se construir tabelas ou quadros de comunicação para digitalizadores de fala, utilizar os símbolos isoladamente (por exemplo em cadernos de comunicação, horários, decomposição de tarefas, entre outros) ou compostos, para uma comunicação mais elaborada e complexa com recurso à construção frásica.

As maiores vantagens do Sistema Gráfico Picto são:

(1) suportar o sistema PECS – Picture Exchange Communication System;

(2) ser gratuito;

(3) permitir integrar várias bases de símbolos;

(4) ser de fácil seleção, edição, cópia e impressão de símbolos.

A partir da página do PictoSelector pode-se fazer não só o download da aplicação mas ver diversos tutoriais ou exemplos de utilização do Picto (http://www.pictoselector.eu/index.php?lang=pt).

Apresentamos um exemplo de uma atividade realizada com recurso ao PictoSelector: a decomposição de uma tarefa específica que permitirá a uma criança com perturbação do espectro do autismo aprender a secar-se depois do banho.

Software patenteado – Grid2

O Grid2 é um programa para a comunicação, acesso ao computador e controlo do ambiente.

Permite que as pessoas com limitações ao nível da fala/comunicação que derivem de deficiência de ordem neuromotora ou cognitiva, utilizem o computador como uma ajuda para a comunicação com recurso a voz, símbolos ou texto, para a construção de frases. Neuromotora; Cognitiva; Fala / Comunicação

Pode também aceder à área de trabalho do Windows e de outros programas, enviar e receber emails e mensagens de SMS, navegar na Web, ouvir música, entre outras opções.

O Grid2 é acessível a todos, podendo ser utilizado com sistemas de controlo pelo olhar, switch, headpointer, ecrã tátil, rato, entre outros. É compatível com os sistemas operativos Windows XP, Vista, Windows 7 ou Windows 8.

Grid Mobile

Já é possível comunicar através de um telefone móvel ou de um PDA.

Neste caso, o programa está disponível através de um “Sistema de Teclados no Ecrã”, isto é, um emulador de teclado que pode substituir as funções dum teclado convencional, através do toque no ecrã na célula ou de um processo de varrimento (através de botões do telefone, toque no ecrã, joystick ou manípulo externo).

O Grid Mobile está disponível nas lojas Tmn e, por ser considerada uma ‘Solução Especial Tmn’ é comparticipada pela Fundação PT. A sua atual designação é PTGrid2 e, na sua aquisição, deve juntar-se a PT SPC (biblioteca de símbolos).

Para mais informações poderá consultar a página: http://fundacao.telecom.pt/Home/Acesso%C3%A0scomunica%C3%A7%C3%B5es/Solu%C3%A7%C3%B5esEspeciaisPT.aspx.

Grid Player para iOS – Grid2 para iPhone e iPad

A Sensory Software criou uma aplicação gratuita para o sistema iOS (iPhone e iPad): o Grid Player.

O Grid Player pode ser descarregado a partir da Apple Store sem qualquer custo e com a opção em português.

A aplicação vem atualmente com 4 conjuntos de grelhas: Symbol Talker A, Symbol Talker B, Text Talker Phrasebook e Talking Photographs.

Embora esta aplicação seja gratuita, para fazer alterações a estes conjuntos de grelhas ou criar novas grelhas é necessário adquirir e utilizar o Software Grid2 num computador.

Ao criar uma conta de utilizador Sensory Software, poderá descarregar e utilizar também as grelhas que existem no próprio site http://grids.sensorysoftware.com/en/grid-bundles/search/by-category/gridplayer

Encontram mais informações a partir do endereço eletrónico http://www.sensorysoftware.com/gridplayer.html

A empresa portuguesa que comercializa este programa é Anditec.

Software livre ou de autor – Cmap Tools

O software CmapTools é uma ferramenta livre que facilita a criação,  edição e partilha na web de mapas conceptuais e que permite organizar e lidar com grandes quantidades de informação através de  hiperlinks.
A última versão do CmapTools  pode ser descarregada gratuitamente a partir do endereço http://cmap.ihmc.us e podem ser visualizados vídeos de apoio à utilização deste software a partir do endereço http://cmap.ihmc.us/videos/index.php

O que são e para que servem os Mapas Conceptuais?

(Fonte: Mapas Conceptuales en aula, CAPTAS, Capacitación, Talleres y Seminarios, S.C. pag. 2)
1. São ferramentas organizadoras de conhecimentos

2. Utilizam elementos visuais para facilitar a organização hierárquica de conceitos

3. Podem servir para:     

  a) ordenar conceitos     

  b) apresentar visualmente conhecimentos já adquiridos     

  c) descobrir novas relações entre conceitos

4. Devido à sua estrutura, os mapas conceptuais propiciam:     

  a) aprendizagem significativa     

  b) criatividade     

  c) desenvolvimento de novos conhecimentos     

  d) respeito pelo ritmo e estruturas individuais de aprendizagem     

  e) trabalho em equipa

Software livre ou de autor – BookBuilder

O BookBuilder é uma ferramenta muito interessante e livre, disponível online, que permite a criação, a partilha, a leitura e a publicação de livros digitais interativos.

Com esta feramenta poderá incluir texto, imagens, vídeos, informações, sugestões com a possibilidade de utilizar a opção de fala. Tem à sua disposição alguns assistentes, que poderão ajudar ao longo da navegação do livro criado, assim como poderá associar também perguntas e incluir um glossário.

Para além da criação dos próprios livros poderá usufruir da leitura dos livros da biblioteca pública ou utilizar modelos de livros já existentes. Muito interessante e criativo. Desde a criação de livros com a possibilidade de utilizar imagens, vídeos, texto com opção de fala do mesmo, glossário, associação de perguntas, passando pela leitura de livros da biblioteca pública, até à utilização de modelos de livros já feitos. Esta é uma solução verdadeiramente interessante que poderá ser muito útil no apoio a diversos alunos, uma vez que permite o ajustamento da abordagem dos conteúdos em função das suas necessidades individuais, interesses e competências.

O Desenho Universal para a Aprendizagem (UDL) é uma abordagem flexível para a conceção e implementação do ‘currículo’ que oferece a todos os alunos plena igualdade de oportunidade de sucesso na aprendizagem. Ao utilizar o Book Builder deve ter em conta 3 princípios (UDL) que não são mais do que um conjunto de linhas orientadoras que podem ser empregues para reduzir ou eliminar as barreiras inerentes à maioria dos livros existentes e do currículo.

A utilização de recursos digitais, nomeadamente texto eletrónico, simplifica a apresentação de informação de diferentes formas. Para saber um pouco mais sobre Desenho Universal para a Aprendizagem (UDL) veja o vídeo que se encontra abaixo.

Para utilizar esta ferramenta deverá começar por criar uma conta na respetiva página http://bookbuilder.cast.org/, e seguir as indicações que se encontram aí. Bom trabalho!

ticEDUCA2012

Aconteceu entre 30 de novembro e 2 de dezembro mais um Congresso Internacional TIC e Educação.

Segundo a organização, “foi pensado sob a égide do movimento das comunidades educativas para a adoção das tecnologias digitais em todos os seus domínios de prática. E ao pensar em tecnologias digitais – desde os dispositivos móveis até às mil e uma aplicações para uma variedade de tarefas – surge como enorme desafio o mundo digital que atualmente a web 2.0 sustenta e o campo de possibilidades que se abre aos educadores e professores. Este movimento, implica uma lógica de colaboração e diálogo entre os educadores e os especialistas das tecnologias digitais articulando esforços e intenções.” Implica também inovação e esta traduz-se inevitavelmente na transformação das práticas educativas com responsabilização, compromisso e uma visão prospetiva sobre o futuro da educação.

Contudo, a escola enquanto instituição, correrá o risco de se encontrar num processo de virtualização enquanto os computadores (ou a tecnologia) servirem apenas para desenvolver o mesmo currículo. A este propósito, Carlos Fino referia as palavras de Seymour Papert a propósito do impacto da tecnologia na escola. Diz Papert que a tecnologia não é capaz de mudar a escola, não a tem mudado nem tem o poder para o fazer, apenas a relação com os ambientes sociais foi já profundamente alterada (in A Máquina das Crianças, 2007). Segundo Fino, a escola é como uma ilha rodeada de inovação, uma vez que possui todos os mecanismos que impedem que esta aconteça no seu seio.

Neste contexto, dizia ainda Roberto Carneiro que os exames nacionais são o maior bloqueio à inovação: “A escola é o lugar onde eu posso ir a qualquer hora do dia, em qualquer dia do ano perguntar o que não sei! Sem autonomia niguém inova (se temos um menú a seguir, como é que inovamos?)”.

Não desistamos porém! Muitos e variados estudos se têm vindo a fazer no âmbito da utilização das tecnologias em contexto educativo e não há dúvida de que os resultados nos mostram que estas fazem indiscutívelmente parte da vida dos nossos alunos, quer nos processos de aprendizagem, quer no estabelecimento das redes sociais/relações, dentro e fora da escola!

Nesse sentido, grupos de investigadores disponibilizam cada vez mais recursos livres acessíveis a um cada vez também maior número de utilizadores com necessidades específicas que requerem produtos diferenciados.